A História de Alex Kidd - Saiba todo o traço do 2º Mascote da Sega!



Saudações! Trago para vocês uma nova postagem, falando de toda a história o orelhudo mais famoso dos Games, e não estou falando de Link. Alex Kidd, o maior clássico do Master System, personagem criado para competir com o gigante Super Mario da Nintendo, rival da Sega nos anos 80 e 90. A história do orelhudo é um tão quanto obscura, então pegue uma pipoca e se acomode na sua cadeira, pois lá vem história!

Antes de irmos diretamente para o Zé Orelha, temos que começar contando de Opa-Opa, uma nave peculiar que voava e tinha pés, que foi o primeiro mascote da grande rival da Nintendo.


O jogo de Opa-Opa, Super Fantasy Zone, era um daqueles grandes shooters dos Arcades, mas que possuía sua magia própria. Os gráficos eram lindos, a jogabilidade era boa, o personagem era carismático, a dificuldade era ótima, TUDO naquele era sensacional. Porém, com Super Mario bombando naquela época, eles imediatamente precisavam de um mascote novo, que fosse tão carismático quanto o encanador bigodudo. Eis que em 1986 surge Alex Kidd, um personagem que tinha a habilidade Shellcore, que fazia seus membros ficarem maiores e fortes ao ponto de destruir paredes.


O personagem amava Origames, uma típica comida japonesa. Mas e o seu jogo você deve estar perguntando? Ah, essa beleza terá suas atenções agora.


Alex Kidd in Miracle World era um excelente jogo de plataforma. Ao invés de outros jogos que pegavam praticamente toda a ideia do Super Mario Bros de NES, Alex Kidd in Miracle World só o estilo plataforma mesmo, sendo o resto um balde de pura criatividade. A história se gira em Alex Kidd na busca de seu irmão, que foi raptado por um vilão... Ok, a história é bem "Super Mario Bros" mesmo, mas que ela que se dane! Vamos agora ao Gameplay do jogo.


O Gameplay seguia o mesmo estilo de todos os jogos da mesma época, mas ao invés de pular nos inimigos, Alex Kidd dava porrada neles! É isso mesmo jovem, nada de pular cabeça dos infelizes, é meter o cassete nesses desgraçados! Oh Yeah!

O jogo traz uma imensa quantidade de itens, desde um anel mágico que faz os golpes de Alex Kidd ficarem ainda mais fortes, até lanchas, motos e helicópteros que te auxiliam muito nas fases. A maioria desses itens são comprados em lojas, gastando aquelas moedas que você pega durante todas as fases desse Game. Os Bosses são confrontados com partidas de Jokenpo, também conhecido como pedra, papel e tesoura aqui no Brasil. Curiosamente, esse jogo ajudou a popularizar o Jokenpo, que era uma febre no Japão... Vai entender...

Esse jogo era não só excelente, mas também o melhor jogo já lançado para o Master System. Ele ajudou muito a promover o console, tanto que no Master System II ele vinha na memória do videogame. O sucesso fez a Sega nadar em uma piscina de dinheiros, e um sucesso desses era mais do que óbvio que teria uma sequência logo em seguida, não é mesmo? Na verdade veio outra coisa em seguida.


Alex Kidd BMX Trial era um Spin-Off de corrida do Orelhudo, nunca joguei esse troço na minha vida, afinal só foi lançado no Japão. O jogo era um básico Game de corrida com a câmera posicionada encima dos personagens, e o objetivo era simplesmente ganhar todas as corridas. Só soube dessa coisa na época em que a Internet era mais acessível, onde encontrei um fórum de Alex Kidd falando desse Game. Fiquei surpreso por saber que esse jogo foi lançado numa época antes do Super Mario Kart lançado para o Super Nintendo. Pra quem achava que foi o Mario que começou com essa coisa de Spin-Offs de corrida, que nada! Alex Kidd já havia feito isso a tempos antes e muitos de nós nem sabíamos disso.


O jogo é até bonito e bem feito, mas havia um problema: O jogo precisa de um controle especial, já que sem ele era praticamente injogável. O jogo vinha com o controle junto, mas isso trouxe alguns prejuízos para a Sega, e por isso ela não se interessou em lançar esse jogo fora do Japão. Para os curiosos, existem várias ROMs dele pela Internet, então é só pesquisar no Google, baixar e jogar.

No ano seguinte foi lançado Alex Kidd: The Lost Stars, que diria de se passagem a "sequência de Alex Kidd in Miracle World", mas não é bem assim.


O jogo, apesar de ter conseguido um alto lucro de vendas, só conseguiu isso por causa do Miracle World, pois o The Lost Stars é uma bela merda. Sim, já no seu segundo jogo (Se descartarmos o BMX Trial) Alex Kidd já havia decaído um pouco, mas a bela bosta da série estaria por vir mais pra frente. Alex Kidd: The Lost Stars tinha uma jogabilidade péssima, com cenários bizarros e criatividade quase que inexistente. É até bizarro que nesse jogo, o Alex Kidd não tem sua habilidade Shellcore! Sim, ele não dá mais porradas em seus inimigos, e o pior, ele não consegue matá-los de forma alguma, nem pulando neles.


A paleta de cores desse jogo também são péssimas, e é até são inferiores ao das do Miracle World, que foi lançado 2 anos antes. É até triste que o Alex Kidd já começou com o pé direito já no seu segundo jogo. Mas há um motivo desse jogo ser tão ruim assim, ele não é um jogo totalmente programado para o Master System, ele na verdade é um port do Alex Kidd With Stella: The Lost Stars, lançado para os Arcades.


Esse aqui sim é um jogo de qualidade. Não o joguei, mas os fãs o consideram bem melhor que a versão de Master System, falando até que ele é digno ao ponto de ser chamado de um jogo do Alex Kidd. Nessa versão de Arcade temos gráficos melhores, jogabilidade boa e um Multiplayer divertidíssimo, sendo que o 2º player controla Stella, a namoradinha do Alex Kidd. O Opa-Opa manda um abraço bem forte nessa versão, sendo um dos itens que devem ser obtidos no jogo.

No ano seguinte, foi lançado Alex Kidd in High-Tech World, e é outra desgraça da série. Novamente Alex Kidd ganhou um péssimo jogo, que dessa vez não tem absolutamente nada a ver com a série.


Mais uma vez, o jogo só teve o seu sucesso por causa do Miracle World, pois assim como o The Lost Stars do Master System, o High-Tech World é uma merda. Quase o jogo inteiro se passa dentro da casa do Alex Kidd, uma mansão japonesa, e o herói precisa encontrar uma mapa para ir em... uma loja que lançou um fliperama novo... É, eu sei, a história é ridícula. Esse jogo é um dos típicos lançados na época em que se tinha mais história do que ação, com diálogos e mais diálogos. Acredite ou não, esse jogo é extremante ridículo de tão difícil, pois só temos 1 vida e se morrer, já era!

O jogo tem poucos lugares de Password, mas era uma merda pois diferenciava as letras maiúsculas com as minúsculas. É até engraçado que a galera de Games da minha época se afastava desse jogo, por que será né?


O jogo tem até um pouco de ação no final do jogo, antes de vermos o Alex Kidd jogando na máquina de fliperama... Tanto esforço pra ver um fim tosco desses. O jogo tem até uma interação bacana com os objetos, mas alguns te matam! Sim, se você descer uma escada que não devia, você morre e tem que voltar tudo de novo!

Tem até uma boa rasão desse jogo ser tão ruim, ele na verdade é uma Hack de um jogo japonês, onde botaram os Sprites do Alex Kidd no lugar dos da protagonista do jogo original.


É até lamentável dizer que esse é o pior jogo da série, pois essa porcaria faz um belo furo na franquia. Muitos aguardavam a volta de um ótimo jogo do Alex Kidd no Master System... Mas não foi nele, e sim no Mega Drive, com Alex Kidd in the Enchanted Castle.


Tudo nesse jogo era perfeito, sendo a verdadeira e digna sequência do Alex Kidd in Miracle World. Alex Kidd in th Enchanted Castle trazia tudo de bom do primeiro e mais outras novidades, como um pula-pula, novos itens e a novidade mais foda: Agora o Alex Kidd podia dar voadoras! Oh Yeah!


Os gráficos do jogo eram lindos, explorando muito bem a potência do Mega Drive na época. Os inimigos eram bem diversificados, tendo vampiros, carros e até mesmo o Jason, que fugiu do Kid Chameleon e viajou para o mundo do Alex Kidd. O jogo é para muitos (E para mim também) o melhor jogo da série, por ser o mais divertido e criativo de toda a franquia. Alex Kidd estava de volta com tudo dessa vez, então era de se esperar uma nova sequência no Mega Drive, não é? Mas Alex Kidd voltou ao Master System no próximo ano.


Afinal, a casa do Alex Kidd sempre foi o Master System, então não era uma má ideia botar o Zé Orelha lá de novo. Acreditava-se que o novo jogo seria uma sequência direta do Alex Kidd in the Enchanted Castle, mas não foi bem assim. Eis que então havia sido lançado Alex Kidd in Shinobi World.


Tudo se acreditava que esse jogo seria novamente uma merda como os anteriores lançados para o Master System (Com exceção do Miracle World que era ótimo). Para aqueles que manjam de Games antigos, já reconheceram pelo título do jogo que ele é uma fusão de Shinobi, um ótimo jogo da Sega com Alex Kidd, e misturar jogos diferentes não é das melhores ideias. A história é simples: Um belo dia, Alex Kidd estava com sua namorada (E essa não é a Stella, ou seja, o Alex Kidd é comedor jovens!) num campo, até que um ninja maligno a sequestra. De repente, o espírito de um ninja em Alex Kidd, deixando ele com poderes ninjas!


O jogo possui várias fases da série Shinobi, com elementos clássicos de Alex Kidd, e acredite ou não, esse jogo é sensacional. Sim, o jogo é fusão digna que respeita ambas as séries. Temos Alex Kidd e Shinobi juntos em uma aventura épica no Master System, que envolve elementos de ambos os jogos. A jogabilidade era ótima, os gráficos eram lindos e as músicas sensacionais. Ele é simplesmente o 3º Melhor Jogo da Série, somente atrás dos Reis dessa franquia.

Alex Kidd havia voltado pra ficar dessa vez, então MAIS uma vez teríamos um jogo, certo? Mas não foi isso que aconteceu...

Mesmo com esses 2 ótimos jogos lançados em sequência, a Nintendo ainda dominava o mercado com o Super Mario, e pior ainda para a situação da Sega: A Nintendo havia anunciado o Super Nintendo, que seria lançado com um novo título do encanador bigodudo. Sabendo que a Nintendo atraia o público infantil, a Sega tentou arriscar com o público jovem em um novo jogo. O Mega Drive era capaz de criar uma alta velocidade, então resolveram misturar essas 2 coisas e criar um novo mascote... Que era ninguém menos do que... Sonic The Hedgehog!


Tudo em Sonic The Hedgehog para o Mega Drive era sensacional, não só os gráficos e a velocidade, mas as músicas, o personagem, os inimigos, TUDO era foda! Mas... E o Alex Kidd? O que aconteceu com ele?


Sim, a Sega simplesmente abandonou ele... Tá certo que Sonic The Hedgehog é muito mais carismático do que o Alex Kidd (Pelo menos o Classic Sonic), mas não precisava esquecer o coitado. O Opa-Opa, mesmo tendo sido esquecido, ele aparecia em inúmeros jogos da época, mas Alex Kidd... Ele teve um fim trágico...

Ele havia aparecido em Segagaga, um jogo do DreamCast que conta a crise da empresa. Nesse jogo, Alex Kidd é um balconista, e ai ele conta como foi substituído pelo Sonic The Hedgehog em cargo de mascote da Sega.


O personagem surgiu para matar o maior titã dos Games, mas foi morto por um colega da empresa. Mas Alex Kidd é um clássico, e clássicos não morrem! Ele apareceu em Sonic & Sega All-Stars Tennis lançado para o PlayStation 2, e também no Sonic & Sega All-Stars Racing e Sonic & All-Stars Racing: Transformed, onde ele e sua clássica moto estão totalmente em 3D nesse jogo.


  Mesmo o personagem sendo esquecido pela Sega, a sua marca registrada nos Games é eterna, e não é atoa que o Orelhudo é um dos maiores clássicos dos videogames. Confira abaixo um vídeo do canal Velberan, ótimo canal que fala de Games clássicos. Nesse vídeo, ele fala de toda a história da série, vídeo que me inspirou a fazer esse post. Confira logo abaixo:


Gostou da postagem? Comente e deixe sua opinião. Já jogou algum jogo da série Alex Kidd? Se sim, se divertiu muito? Dicas e sugestões de postagens são muito bem-vindas. Essa postagem termina por aqui pessoal, até a próxima postagem! =D