Review - Donkey Kong Country Returns

Olá leitores e leitoras,cá estou eu reaparecendo novamente,depois de um longo período sem postar nada no blog.

Dessa vez,avalio o Donkey Kong Country Returns,que retornou às origens da série Country.
Será que a Nintendo conseguiu nos entregar um jogo de alta qualidade?

Isso nós veremos agora.

Donkey Kong Country foi uma série "mágica",que transformou um franquia simples e mais descompromissada,em uma com excelente jogabilidade,unida a um level design fantástico,personagens carismáticos,gráficos estonteantes,com a adição de uma trilha sonora de cair o queixo,feita por David Wise.
Eu e muitos outros consideram os dois primeiros jogos,obrigatórios para qualquer um que goste de jogos de plataforma,e até mesmo para quem não é muito fã do gênero.O terceiro,apesar de não ter fechado a série com chave de ouro,além de não contar mais com David Wise (refizeram a trilha do terceiro na versão de GBA,com as novas composições dele),ainda sim vale a pena ser jogado,por ser um jogo muito bom.

A proposta da Nintendo com esse "Returns" era fazer um jogo baseado nessa trilogia clássica da Rare,ficando a cargo da Retro Studios,que ficou famosa ao fazer o mesmo com a série Metroid,com os jogos Metroid Prime,Metroid Prime 2 : Echoes,e Metroid Prime 3 : Corruption.

A jogabilidade de Donkey Kong Country Returns resgata elementos de outros jogos da série,e tenta ampliar este "arsenal" com algumas novidades,como a possibilidade de se pendurar em gramas,bater no chão,e assoprar.

Você joga com DK e Diddy,mais ou menos como no primeiro DKC.Os dois tem praticamente as mesmas características de sempre,contudo,o Diddy agora conta com um jetpack,que serve para planar nos pulos,o que pode facilitar o jogo,mas também pode fazer com que você fique desacostumado,quando não estiver com ele (confesso que isto aconteceu comigo).Infelizmente,não é possível alternar entre os dois personagens,o que é um certo retrocesso em relação aos DKCs clássicos,já que não há nada que possa substituir isso,então,o Diddy serve apenas como personagem de apoio.
A menos que você jogue no inédito modo co-op.Sim,só há como jogar com o Diddy dessa maneira.
Também é importante observar que o jogo perdeu a possibilidade de se pegar o outro personagem e jogar para algum lugar (elemento que foi implementado em Donkey Kong Country 2).

Continuando,agora o jogo conta com um sistema de vidas.Então,como funciona?
Cada personagem tem dois corações,sendo 4 no total.Se tu perder 2,o Diddy já era.Se perder 4,o DK também morre,e aí,pode jogar a fase toda novamente,a não ser que já tenha chegado no único checkpoint dela.
Está aí outro fator que contou ainda mais para o jogo ficar mais fácil ainda.

Fora isso,as fases contém várias bananas,balões,e colecionáveis,além de uma loja acessada pelo mapa do jogo,em que é possível comprar balões,poder de invencibilidade,e outras coias que fazem com que você fique longe de se deparar com um Game Over.
Mas não me entenda mal,isso não é um defeito,só estou dizendo o porque do jogo ter ficado mais fácil,até porque,para iniciantes ele é considerado um jogo difícil,principalmente nas últimas áreas (o engraçado é que eu sou péssimo em jogos de plataforma,e achei o jogo mamão com açúcar).

Outro fator que me incomodou neste Donkey Kong foi que em todas as fases há em excesso,baús para serem abertos ou velas,flores para serem assopradas,fazendo com que você fique parando e parando para pegar os colecionáveis,lembrando até mesmo um jogo focado na exploração como Super Metroid ou Castlevania Symphony of the Night.
Isso quebra o ritmo do jogo,apesar de não ser obrigatório.

Acha que o jogo retrocedeu muito?
Então ouça o que vou dizer:
Agora simplesmente não é mais possível nadar!
As fases áquaticas de DKC eram uma das melhores do tipo,não havia quase nenhuma que era comparável a elas.Pior é para quem pulou na água,pensando que ia ter como nadar,e acabou perdendo uma vida à toa.
Generalizando,Returns não é nada de mais pois tem mais retrocessos do que avanços na sua jogabilidade.Um jogo da 7ª geração de consoles pode fazer muito mais do que isso,mesmo vindo de um console mais fraco,no caso,o Wii.
Achei que o level design da maioria das fases ficou mediano,apesar de algumas terem me surpreendido,não só por lembrar os jogos antigos,mas também por serem realmente boas e terem algo de fresco/novo.
O ponto fraco é que elas são pouco variadas,não tem muita diferença de uma para a outra em geral,então perto do final,o jogo começa a ficar "manjado",sem ideias novas.

No meio de algumas poucas fases,temos um animal para nos auxiliar,sendo que o único (sim,o ÚNICO!) presente neste jogo é o Rambi.
As fases que contém este mesmo personagem auxiliar,são muito curtas,então você controlará ele por um curtíssimo período de tempo.

O jogo pode ser jogado com Wiimote sozinho,ou com o Wiimote + Nunchuck.O sensor de movimento foi usado para duas coisas : bater no chão e rolar para frente.
Por falar em rolar,se você estiver com o Diddy,ele rolará infinitamente (até você parar) sobre o Donkey Kong,como se ele fosse um barril.Isto de certa forma já estava presente no Donkey Kong Country 3,mas podemos dizer que é uma novidade,porque era um pouco diferente.
Portanto,o sensor de movimentos foi pouco utilizado neste jogo.

Para você se agarrar nas gramas,nos cipós,ou pegar um barril,é preciso apertar o botão só na hora que você estiver perto do objeto.Irei dar um exemplo:
Se passar correndo perto de um barril,o personagem não o pegará,é necessário apertar o botão de novo,perto dele,para pegar o barril.
É uma coisa mínima,mas que não deixa de ser um pequeno defeito.

Um dos piores bosses que já vi

Sinto dizer que as batalhas contra os chefes são simplesmente decepcionantes.
Além dos chefes não serem nada carismáticos (aliás todos os inimigos não tem carisma),as batalhas em si são fáceis e tem uma estratégia boba,sem criatividade nenhuma.A batalha contra a do segundo chefe,foi uma das piores que eu já vi em qualquer tipo de jogo.Sem graça,fácil ao extremo.
Chega a ser um absurdo compara-lo com os da trilogia DKC.
Por sorte,um ou outro chefe tem uma batalha desafiante e criativa.

Os visuais de Returns são bonitos,assim como quase qualquer jogo da Nintendo.
Mas tecnicamente falando,são medianos.
Você fica com a impressão de que poderia ser muito melhor graficamente.E poderia mesmo.Super Mario Galaxy é um jogo de 2007,e possui gráficos muito mais bonitos e bem detalhados do que Returns,e é um jogo com jogabilidade em 3D,que certamente é mais complexo de se fazer do que um jogo 3D com jogabilidade 2D.
Algumas fases tem um design artístico tão bom que fazem com que os aspectos técnicos sejam deixados de lado,e acabam impressionando o jogador,como o cenário na foto acima.Mas são só algumas.
É possível notar uma falta de capricho em algumas coisas,como no próprio DK.



Percebeu algum detalhe que ficou faltando em "Returns"?
Não?
Então,eu lhe digo:
Porque retiraram os pelos do DK (e do Diddy)?
Sabe,são coisas desse tipo que eu não consigo entender.
Não adianta dizer que retiraram os pelos porque esse DK é mais "cartoon",pois não precisava retira-los,era só fazer de outra maneira.


Em questão de trilha sonora,ele somente faz remixes das músicas mais conhecidas do DKC 1,e conta algumas poucas músicas,quem não são lá grandes coisas.
O áudio é até bom,mas os efeitos sonoros são baixos,são difíceis de serem escutados,mesmo se você deixar o som da música no 0,e dos efeitos no máximo (eu mesmo fiz isso para comprovar).
Enfim,é bom ouvir aquelas músicas fantásticas novamente,mas de certo modo isso é ruim pois não temos nenhuma música boa e nova.
Imagina se isso acontecesse com Donkey Kong Country 2...só digo que não teríamos Stickerbush Symphony,Mining Menancholy,Web Woods,Bayou Boogie...

Os extras de Returns chegam a ser risíveis.Até que a galeria de músicas e o diorama são legais,mas a galeria de imagens é ridícula de tão ruim.
As artes são toscas,com exceção de algumas poucas que são medianas para boas.
Mesmo assim,em geral,a parte extra do jogo é muito ruim.
Existe um mundo extra,que eu não cheguei a jogar,pois não sou um jogador hardcore,portanto,não posso falar nada a respeito.

Conclusão:
Donkey Kong Country Returns é somente uma homenagem à trilogia da Rare,que na verdade nem é tão boa assim (a homenagem),já que retirou vários recursos da franquia,e não colocou quase nada para substituir estas perdas.
Ele tinha tudo para ser um excelente jogo,mas por tudo que eu já disse aqui,se tornou apenas um jogo bom.
Não tem nenhum defeito irritante que fará com que você fique com raiva,frustrado,ou algo assim,mas também não é um jogo espetacular.E nem é um jogo totalmente novo.

Eu poderia inclui-lo na seção Overrated Games,mas vi que ele não é tão supervalorizado a ponto de entrar nesse quadro.

Bem,era isso que eu tinha para falar sobre DKC Returns.
Espero que tenham lido a postagem,postem suas opiniões aí nos comentários,um abraço,e até a próxima.